Piske é especialista em Educação Especial e responde as dúvidas de mães de crianças superdotadas.
Recentemente uma mãe (nome fictício “Claudia”)
procurou pelo assessoramento de Piske e ela relatou sobre seu filho com
indicativos de altas habilidades/superdotação (AH/SD): “Na escola só acham legal... o ensino não é
diferenciado”. “Eu explico, ele desenvolve tudo que peço a ele, porém para ele tem que
ter estímulos, fazer junto não só falar e deixar”. “A
escola na maneira que replica as atividades não irá evoluir a criatividade dele,
pois ele esta bem acima da classe”. Estes
são alguns dos comentários que serão discutidos. A conversa com esta mãe, e com
outras mães, continua em futuras postagens.
Assim como esta mãe está angustiada por não
saber como ajudar seu filho, muitas mães se sentem perdidas em meio a tantas
dúvidas e perguntas que não saem de suas mentes. Piske esclarece que a
escola tem papel fundamental de orientar as famílias sobre a identificação e Atendimento
Educacional Especializado (AEE) de estudantes superdotados. A partir da
identificação, os superdotados podem ser encaminhados ao AEE onde terão o apoio
de uma equipe capacitada para lidar com as suas necessidades educacionais
especiais (NEEs).
Neste atendimento, os superdotados têm acesso a
atividades de aprofundamento curricular. Não é possível desenvolver as potencialidades
destes estudantes com um currículo insípido que oferta um ensino padronizado.
Pelo contrário, as atividades propostas devem ir ao encontro da (s) área (s) de
interesse dos superdotados estimulando sua curiosidade e desejo de aprender.
De acordo com Piske, a equipe docente deve
buscar informações sobre as habilidades de seus estudantes superdotados
conversando com os próprios estudantes e com suas famílias. Quando Piske
escutou o relato da mãe “Claudia”
dizendo: “Na escola só acham legal... o ensino não é diferenciado”.
Percebeu que a escola
provavelmente não quer se comprometer e não está ofertando um ensino adequado
para esta criança que está em busca constante de novos desafios. Onde está a
professora desta criança que não percebeu as suas necessidades especiais? Falta
capacitação? São perguntas instigantes.
Quanto ao assunto sobre as habilidades de
superdotados, se a equipe docente conseguir identificar estas habilidades,
poderá trabalhar de forma adequada. Piske ressalta que os professores
somente irão conseguir identificar as habilidades de seus estudantes se
aprofundarem seu conhecimento e o colocarem em prática, uma das importantes
teorias que os professores podem se aprofundar é teoria das Inteligências Múltiplas
de Howard Gardner (2006).
Ao conhecer as habilidades de seus estudantes, o trabalho
fica bem mais eficaz. Por exemplo: se o estudante tem habilidade linguística, deve
sugerir para a família da criança um ensino lúdico que contemple toda a
dimensão da oralidade, como literatura bastante variada e com imagens,
brincadeiras para soletrar palavras em português ou outros idiomas, músicas
diversas, pinturas e desenhos com associações de palavras, manuseio de alfabeto
móvel (se a criança já domina a língua portuguesa, pode ensinar inglês ou outro
idioma de interesse da criança), jogo da memória, jogo das rimas, jogo das
cantigas e parlendas, jogo da palavra intrusa, entre outros materiais que irão desenvolver
sua criatividade.
Referência: Gardner, H. (2006). Multiple
intelligences: New horizons. New York: Basic Books.
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