Professores de autistas e superdotados sabem preparar aulas criativas?

COMO SÃO AS AULAS CRIATIVAS? O QUE FAZER?

 

Uma aula criativa requer liberdade de expressão, flexibilidade e materiais que instiguem a curiosidade dos estudantes.




 

Tanto os estudantes autistas quanto os superdotados gostam de aprender de acordo com os seus interesses, isto quer dizer que se os professores não trabalham com materiais que chamem a atenção desses estudantes e que despertem sua curiosidade e interesse, dificilmente eles irão ficar satisfeitos.




 

É importante que os professores conheçam as características de cada estudante e saibam como trabalhar com suas necessidades educacionais especiais.

 

Por exemplo: de modo geral, estudantes autistas gostam muito de rotina, ao passo que superdotados se sentem entediados com a rotina. Há outras questões importantes sobre as especificidades desses estudantes.

 

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Para estudantes autistas e superdotados, os materiais disponíveis e os procedimentos pedagógicos durante as aulas são importantes, cabe aos professores conhecer mais sobre as características de seus estudantes para atendê-los de forma efetiva (Piske, & kane, 2020).  

 

Materiais coloridos com desenhos e ilustrações, jogos educativos, fantasias para teatro, pinturas, livros com imagens e temáticas preferidas dos estudantes, são bons recursos que podem ajudar no desempenho dessas crianças.

 

A seguir, há sugestões para realizar aulas criativas de acordo com especialistas (Pfeiffer, & Thompson, 2013; Piske, 2013, 2014, 2018; Piske & Kane, 2020; Piske & Stoltz, 2013; Plucker, Guo, & Makel, 2018):

 

•Priorize o tempo para a criatividade na sala de aula. Pense em maneiras de incorporar estratégias de construção de criatividade em seu currículo e planos de aula existentes.

 

•Certifique-se de que o espaço físico da sala de aula seja seguro, confortável, interessante e estimulante. Considere atividades ao ar livre.

 

•Cultive um espaço psicologicamente seguro, livre do ridículo dos colegas e recompensador de perguntas, respostas e criações inusitadas. Além disso, se esforce para limitar os procedimentos de avaliação formal e rigorosos em atividades puramente criativas.

 

•Enfatize a liberdade durante os exercícios focados na imaginação, permitindo aos alunos devanear, brincar, se mover e determinar seus próprios parâmetros de projeto na esperança de desenvolver sua paixão por atividades específicas.

 

•Torne as expectativas de criatividade explícitas! Os alunos nem sempre entendem quando e em que medida é desejável usar a imaginação.

 

•Normalizar o árduo trabalho de inovação. Os alunos precisam entender que a verdadeira realização geralmente deriva de um esforço extenso, bem como de tentativa e erro.

 

•Forneça muitos exemplos durante as aulas. Não se esqueça de incluir-se como um modelo potencial excelente e acessível de atitudes criativas.

 

•Incorpore trabalhos de grupo bem elaborados para ajudar os alunos a desenvolver as ideias uns dos outros. Os grupos de sucesso normalmente têm orientações e monitoramento de um professor e também envolvem algum tipo de tempo de processamento individual. Entre outras sugestões.


 

Referências:

 

Pfeiffer, S. I., & Thompson, T. L. (2013). Creativity from a talent development perspective: How it can be cultivated in the schools. In K. H. Kim, J. C. Kaufman, J. Baer, & B. Sriraman (Eds.), Creatively gifted students are not like other gifted students: Research, theory, and practice (pp. 231-256). Rotterdam, The Netherlands: Sense Publishers.

 

Piske, F. H. R. (2013). O desenvolvimento socioemocional de alunos com altas habilidades/superdotação (AH/SD) no contexto escolar: contribuições a partir de Vygotsky. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Paraná. Curitiba. 166 páginas.

 

Piske, F. H. R. (2014). Criatividade e Inovação na educação de superdotados. In F. H. R. Piske, J. M. Machado, S. Bahia, & T. Stoltz. (Eds.), Altas habilidades/Superdotação (AH/SD): Criatividade e emoção (pp. 265-276). Curitiba: Juruá.

 

Piske, F. H. R. (2018). Altas habilidades/superdotação (AH/SD) e criatividade na escola: o olhar de Vygotsky e de Steiner. Tese. (Doutorado em Educação) - Universidade Federal do Paraná. Curitiba.

 

Piske, F. H. R. & Kane, M. (2020). Socio-emotional development of gifted students: educational implications. In F. H. R. Piske, T. Stoltz, E. Guérios, D. Camargo, A. Rocha, C. Costa-Lobo (Eds.). Superdotados e Talentosos: Educação, Emoção, Criatividade e Potencialidades. Curitiba, Juruá.

 

 

Piske, F. H. R. & Stoltz, T. (2013). Criatividade na escola: a necessidade de reavaliar as práticas educacionais aos alunos superdotados. In F. H. R. Piske & S. Bahia (Eds.). Criatividade na escola: o desenvolvimento de potencialidades, altas habilidades/superdotação (AH/SD) e talentos. Curitiba, Juruá.

 

 

Plucker, J. A., Guo, J., & Makel, M. C. (2018). Creativity. In S. I. Pfeiffer (Ed.), Handbook of giftedness in children: Psychoeducational theory, research, and best practices (2nd ed., pp. 81-99). Cham, Switzerland: Springer.

 


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