Tese realizada no Brasil e nos Estados Unidos sobre Altas Habilidades/Superdotação e Criatividade

 

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Esta tese se propõe a investigar como Vygotsky e Rudolf Steiner entendem a criatividade e se propõe a desenvolvê-la no ensino. 






O presente trabalho também envolve um estudo empírico, que pretende identificar os sentidos e significados que alunos com altas habilidades/superdotação (AH/SD), suas famílias e suas professoras da educação básica atribuem à criatividade na escola. 



A metodologia deste trabalho é qualitativa e exploratória e contou com três instrumentos para coleta de dados. 



No contexto brasileiro, os participantes foram 38 alunos superdotados, oito famílias e oito professoras, utilizou-se entrevista semiestruturada, observação e a técnica do grupo focal. No contexto americano, os participantes foram oito professores e 30 alunos superdotados, os instrumentos utilizados foram entrevista semiestruturada e observação. O procedimento de análise das entrevistas realizadas no Brasil e nos Estados Unidos está respaldado no método dos núcleos de significação de Aguiar e Ozella (2013). 



A partir da análise teórica é possível dizer que Vygotsky e Rudolf Steiner entendem a criatividade como parte da própria estrutura e função da consciência, possibilitando a capacidade de imaginação e criação para o desenvolvimento integral da pessoa. Ambos aliam ciência e arte como propostas para o desenvolvimento deste fenômeno e ressaltam a importância da afetividade que impulsiona e acompanha o processo de criação. Em relação às possibilidades de trabalho com a criatividade na escola a partir das teorias de Vygotsky e de Steiner, é possível identificar que este fenômeno pode ser desenvolvido por meio de práticas artísticas, como: a pintura, o teatro, a música, desenhos, trabalhos manuais, contação de histórias entre outras atividades que estimulam a imaginação da criança. Quanto aos resultados no contexto brasileiro, a partir da análise de dados empíricos, foram encontrados três núcleos de significação: o que é criatividade?, o dia-a-dia das crianças superdotadas na escola e como é o trabalho na sala de recursos multifuncionais? No ensino regular, a criatividade é praticamente inexistente, na sala de recursos, a criatividade é trabalhada em diferentes atividades, apesar da limitação quanto ao investimento material e pessoal. Em relação ao contexto americano, foram encontrados os seguintes núcleos de significação: o que é criatividade para professores de superdotados, desafios durante as aulas de superdotados e maneiras de trabalhar com a criatividade de estudantes superdotados. No que se refere às observações, alunos superdotados brasileiros se demonstraram menos motivados em relação às suas aulas se comparados com os alunos superdotados dos programas de verão dos Estados Unidos. Para finalizar os resultados, o grupo focal com os alunos superdotados do Brasil atribuiu grande importância à criatividade e manifestou seu descontentamento com o ensino regular com relação a este aspecto. O grupo focal com as famílias, enfatizou o papel da sala de recursos como ambiente enriquecedor da criatividade e denunciou o escasso investimento na educação de superdotados.



 Observa-se a necessidade de um ensino que integre afetividade e criatividade na educação de superdotados e a partir do conhecimento e do autoconhecimento, conhecimento tanto da realidade externa como também de quem somos e como somos (VEIGA; STOLTZ, 2014; STOLTZ; WEGER, 2012; 2015; STOLTZ; WEGER; VEIGA, 2017). A compreensão mais aprofundada da realidade e o conhecimento de potencialidades e limitações próprias são fundamentais para uma educação de qualidade e uma sociedade mais justa e humana. Neste sentido, o diálogo entre Vygotsky e Steiner quanto à criatividade evidencia-se como profícuo. 


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